segunda-feira, agosto 06, 2012

Estudo mostra que elefantes se comunicam através de infrassons complexos

Os elefantes não apenas ronronam como cantam em baixa frequência para se comunicar com amigos e inimigos quilômetros distantes. Muito baixos para os seres humanos para ouvirem, os componentes infrasônicos da comunicação dos elefantes até pouco tempo eram comparados ao ronronar dos gatos, apenas um espamo muscular usado para demonstrar satisfação.

Mas novas medições feitas por um sopro de ar através da laringe de um elefante-africano (Elephas maximus) de zoológico já falecido, sugerem que o mecanismo é realmente é mais complexo que isso, sendo comparável a um aparelho vocal humano, porém em baixas frequências inaudíveis para nós.

Os biólogos têm especulado que algum músculo semelhante ao que permite o ronronar dos gatos gere espasmos criando o pulsar infrasônico do elefante. O experimento mostra no entanto que os elefantes podem obter os seus infrasons apenas por exalar ar através de suas extensões vocais, diz Christian Herbst, da Universidade de Viena.

"Com a nova demonstração, fica provado que os infrasons de elefantes não são um mero espasmo muscular, podemos refutar esta hipótese" disse Herbst para a Science News.

As vocalizações dos elefantes audíveis para os seres humanos viajam apenas cerca de 800 metros através do ar, mas os tons infrasônicos pode atingir até 10 km em condições ideais. O ruído pode vibrar através da terra também, assim teoricamente, vai muito mais longe.

"Nós realmente não sabemos muito sobre as características específicas de produção de som de elefante, mas ao que tudo indica, é uma comunicação complexa", diz Peter Wrege do Laboratório Cornell de Ornitologia, que dirige um projeto de monitoramento de elefantes a distância através de infrasons.

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