Durante milhões de anos, a Terra foi habitada por hominídeos, antepassados do Homem, que procuravam sobreviver por meio da coleta de alimentos, da caça e da pesca (Economia Coletora). Trabalharam a pedra para obter utensílios e armas. Descobriram o fogo, que contribuiu para alterar os seus hábitos.
Da África Oriental, provável berço da Humanidade, deslocaram-se para outras regiões à procura de melhores territórios para pastos, caça e pesca. Eram nômades, o Homem do Paleolítico manifestou preocupações estéticas (o gosto pelo belo) e sentimentos religiosos.
No Neolítico dão-se profundas alterações na vida das populações. O Homem começou a viver da agricultura e da pecuária -(Economia Produtora). Tornou-se sedentário. Surgiram inovações: instrumentos de pedra polida, cerâmica, cestaria e tecelagem; os primeiros aldeamentos e as sociedades estratificadas, assim como novas formas de manifestação artística e religiosa.
AS SOCIEDADES COLETORAS
O processo da hominização
Há apenas quatro milhões de anos, da evolução de um ramo dos símios surge, finalmente, o primeiro hominídeo, que se designa por "__pithecus" (macaco). Esta distinção terá sido resultante da adaptação a um novo habitat, criado pela transformação da floresta equatorial em savana. Neste novo meio ambiente, os hominídeos passaram a viver no solo, a caminharem sem esforço - locomoção bípede -, sendo obrigados a elevar-se para alcançarem as folhas das árvores, base da sua alimentação.
Tudo isto contribuiu para o desenvolvimento da posição vertical. Esta posição permitiu importantes modificações físicas:
- A mão libertou-se da função locomotora, passando a ser utilizada para carregar alimentos ou no fabrico de instrumentos; a oponibilidade do dedo polegar aumentou a força e a precisão na preensão (acto de agarrar);
- No pé, o dedo grande tornou-se firme e fixo, transformação essencial à locomoção;
- Com a posição vertical e libertação da mão, o volume do cérebro aumentou, produzindo-se modificações profundas no crânio e na face: os dentes diminuíram de tamanho e a mandíbula (maxilar inferior) tornou-se gradualmente menos proeminente, a par do desenvolvimento das capacidades intelectual. A este lento, longo e complexo processo de evolução física e intelectual dos hominídeos chama-se "hominização".
A fabricação dos instrumentos
Os primeiros instrumentos fabricados pelo Homo habilis eram seixos quebrados (talhados numa só face) com arestas cortantes. O Homo erectus fabricou bifaces, seixos talhados nas duas faces, com 12 a 15 cm de altura, reveladores de uma técnica de fabrico apurada. Mais tarde, com lascas resultantes desta técnica, o Homo sapiens sapiens criou novos instrumentos: raspadores, lâminas, buris, pontas de lança, azagaias, flechas e dardos.
O material utilizado foi a pedra, sobretudo o sílex. Por isso, este período da História da Humanidade, em que os instrumentos fabricados são de pedra lascada, é designado por Paleolítico (paleos = antigo + lithos = pedra). Mas o osso e a madeira foram também materiais muito usados na produção de anzóis, arpões, agulhas e furadores, utilizados na caça, na pesca e na preparação das peles. Os instrumentos produzidos pelo Homem do Paleolítico constituem fontes históricas preciosas. Cada instrumento é um vestígio da vida na época pré-histórica.
O domínio do fogo
O fogo foi uma das maiores conquistas da Humanidade. O Homo erectus aprendeu a produzi-lo e a mantê-lo: friccionando dois pedaços de madeira de dureza diferente e fazendo girar um sobre o outro - fogo por fricção; ou batendo com duas pedras uma na outra - fogo por choque. O fogo permitiu ao Homo erectus afastar os animais selvagens, aquecer e iluminar o interior das cavernas, cozinhar alimentos, fabricar instrumentos e facilitar a comunicação em grupo.
A economia Coletora
Para assegurarem a subsistência, os primeiros homens limitaram-se a utilizar os recursos naturais: da terra obtinham sementes, vegetais, raízes, mel, insetos e pequenos animais que pudessem apanhar à mão; dos rios e dos lagos tiravam os peixes. Mas sucessivas alterações climáticas provocaram, muitas vezes, a escassez destes alimentos, levando os homens a deslocarem-se de região para região, na perseguição de animais de grande porte, próprios de climas frios (mamute, bisonte, rena e cavalo). As técnicas de caça eram variadas: cerco dos animais, batidas, armadilhas. Eram, por isso, nómadas e este tipo de economia denomina-se economia coletora. Há ainda povos cuja economia se assemelha muito aos povos coletores do Paleolítico.
O alargamento das áreas habitadas
Durante o período da última glaciação, o nível do mar baixou e ficou exposta a terra que antes estava submersa. O Homo sapiens sapiens pode, dessa forma, expandir-se para outros territórios: foi possível a ligação entre a América e a Ásia através do estreito de Bering, e os povos do Sudoeste asiático aproveitaram a proximidade das variadas ilhas para chegarem à Austrália. Dá-se assim um evidente crescimento populacional.
Bibliografia:
Neves, Pedro Almiro e outros Clube História 7,Porto, Porto Editora, 1998.
Honrado, Alexandre, 6 Desafio da História 7, Porto, Areal Editores, 2002.
Jorge Barros, nº 21 7º B
http://www.brasilwiki.com.br/noticia.php?id_noticia=22411
Da África Oriental, provável berço da Humanidade, deslocaram-se para outras regiões à procura de melhores territórios para pastos, caça e pesca. Eram nômades, o Homem do Paleolítico manifestou preocupações estéticas (o gosto pelo belo) e sentimentos religiosos.
No Neolítico dão-se profundas alterações na vida das populações. O Homem começou a viver da agricultura e da pecuária -(Economia Produtora). Tornou-se sedentário. Surgiram inovações: instrumentos de pedra polida, cerâmica, cestaria e tecelagem; os primeiros aldeamentos e as sociedades estratificadas, assim como novas formas de manifestação artística e religiosa.
AS SOCIEDADES COLETORAS
O processo da hominização
Há apenas quatro milhões de anos, da evolução de um ramo dos símios surge, finalmente, o primeiro hominídeo, que se designa por "__pithecus" (macaco). Esta distinção terá sido resultante da adaptação a um novo habitat, criado pela transformação da floresta equatorial em savana. Neste novo meio ambiente, os hominídeos passaram a viver no solo, a caminharem sem esforço - locomoção bípede -, sendo obrigados a elevar-se para alcançarem as folhas das árvores, base da sua alimentação.
Tudo isto contribuiu para o desenvolvimento da posição vertical. Esta posição permitiu importantes modificações físicas:
- A mão libertou-se da função locomotora, passando a ser utilizada para carregar alimentos ou no fabrico de instrumentos; a oponibilidade do dedo polegar aumentou a força e a precisão na preensão (acto de agarrar);
- No pé, o dedo grande tornou-se firme e fixo, transformação essencial à locomoção;
- Com a posição vertical e libertação da mão, o volume do cérebro aumentou, produzindo-se modificações profundas no crânio e na face: os dentes diminuíram de tamanho e a mandíbula (maxilar inferior) tornou-se gradualmente menos proeminente, a par do desenvolvimento das capacidades intelectual. A este lento, longo e complexo processo de evolução física e intelectual dos hominídeos chama-se "hominização".
A fabricação dos instrumentos
Os primeiros instrumentos fabricados pelo Homo habilis eram seixos quebrados (talhados numa só face) com arestas cortantes. O Homo erectus fabricou bifaces, seixos talhados nas duas faces, com 12 a 15 cm de altura, reveladores de uma técnica de fabrico apurada. Mais tarde, com lascas resultantes desta técnica, o Homo sapiens sapiens criou novos instrumentos: raspadores, lâminas, buris, pontas de lança, azagaias, flechas e dardos.
O material utilizado foi a pedra, sobretudo o sílex. Por isso, este período da História da Humanidade, em que os instrumentos fabricados são de pedra lascada, é designado por Paleolítico (paleos = antigo + lithos = pedra). Mas o osso e a madeira foram também materiais muito usados na produção de anzóis, arpões, agulhas e furadores, utilizados na caça, na pesca e na preparação das peles. Os instrumentos produzidos pelo Homem do Paleolítico constituem fontes históricas preciosas. Cada instrumento é um vestígio da vida na época pré-histórica.
O domínio do fogo
O fogo foi uma das maiores conquistas da Humanidade. O Homo erectus aprendeu a produzi-lo e a mantê-lo: friccionando dois pedaços de madeira de dureza diferente e fazendo girar um sobre o outro - fogo por fricção; ou batendo com duas pedras uma na outra - fogo por choque. O fogo permitiu ao Homo erectus afastar os animais selvagens, aquecer e iluminar o interior das cavernas, cozinhar alimentos, fabricar instrumentos e facilitar a comunicação em grupo.
A economia Coletora
Para assegurarem a subsistência, os primeiros homens limitaram-se a utilizar os recursos naturais: da terra obtinham sementes, vegetais, raízes, mel, insetos e pequenos animais que pudessem apanhar à mão; dos rios e dos lagos tiravam os peixes. Mas sucessivas alterações climáticas provocaram, muitas vezes, a escassez destes alimentos, levando os homens a deslocarem-se de região para região, na perseguição de animais de grande porte, próprios de climas frios (mamute, bisonte, rena e cavalo). As técnicas de caça eram variadas: cerco dos animais, batidas, armadilhas. Eram, por isso, nómadas e este tipo de economia denomina-se economia coletora. Há ainda povos cuja economia se assemelha muito aos povos coletores do Paleolítico.
O alargamento das áreas habitadas
Durante o período da última glaciação, o nível do mar baixou e ficou exposta a terra que antes estava submersa. O Homo sapiens sapiens pode, dessa forma, expandir-se para outros territórios: foi possível a ligação entre a América e a Ásia através do estreito de Bering, e os povos do Sudoeste asiático aproveitaram a proximidade das variadas ilhas para chegarem à Austrália. Dá-se assim um evidente crescimento populacional.
Bibliografia:
Neves, Pedro Almiro e outros Clube História 7,Porto, Porto Editora, 1998.
Honrado, Alexandre, 6 Desafio da História 7, Porto, Areal Editores, 2002.
Jorge Barros, nº 21 7º B
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