
Embora a maioria das pessoas nem sequer se preocupe, é necessário informar sobre o que acontece aos Gorilas principalmente na Bacia do Congo (Congo, Uganda e Ruanda), lugares historicamente conhecidos por genocídios e violação dos direitos humanos. Existem múltiplos fatores que afetam negativamente a população de gorilas naquela bacia, os seres humanos são o principal deles.
Devido aos conflitos militares e tentativas de limpezas étnicas, uma grande parte da população foi obrigada a se refugiar no meio da floresta. Os campos de refugiados não são abastecidos adequadamente, então as pessoas vão em busca de qualquer alimento no mato, e isso inclui a carne de macaco. Além disso, as atividades madeireiras e de mineração continuam reduzindo significativamente o habitat destes seres.
Para piorar, a epidemia de Ebola, um vírus mortal, tanto para os seres humanos quanto para macacos, ainda está a acelerar a taxa de mortalidade desses gorilas. Este vírus, originário da região do rio Ebola, se espalha pelo ar e pela saliva e não necessita de contato direto para infectar um novo organismo. Consequentemente, os gorilas, com seus hábitos e padrões de movimento foram alvos fáceis para epidemias de ebola no século passado, o que matou milhares de indivíduos e reduziu ainda mais a população e a diversidade genética da espécie.
Na próxima década, os gorilas da grande bacia do Congo terão desaparecido completamente já que as atividades de mineração e a caça ilegal vão continuar aumentando. Um pesadelo para os ativistas ambientais, a ausência de gorilas na região da África Central terá impactos significativos sobre os ecossistemas da região levando a outros acidentes ambientais.
A extinção da população de gorilas da África Central (já em torno do número de setecentos gorilas, uma estatística sombria quando comparada à população anterior no Século 20) é ainda mais difícil de evitar. Você não pode proibir que as milícias cacem seus inimigos dentro das reservas, você não pode vacinar os gorilas, os guardas florestais nessas reservas são quase impotentes. Ao todo, naquela região, mais de 180 guardas já foram mortos por contrabandistas, caçadores e guerrilhas, simplesmente não há espaço para otimismo.