sábado, julho 28, 2012

Doping Genético pode ser a grande novidade dos Jogos Olímpicos de Londres

Apesar de todo o treinamento, suor, dedicação e sacrifício para competir nos jogos Olímpicos, os atletas de elite também costumam ter uma vantagem que os amantes de esportes não possuem: Pré-disposição genética. Os genes podem facilitar a vida dos atletas nos quesitos velocidade, força e resistência. Com o advento da terapia genética aplicada ao esporte e não mais ao seu princípio original de curar doenças, os dias de "seleção natural" de super-atletas estão chegando ao fim?

Especialistas de genética e atletismo temem que a Olimpíada de 2012 pode ser a última sem "doping genético" ou a primeira a utilizar esta tecnologia. Modificando seu DNA para tornar-se maior, mais forte ou mais rápido o atleta estará fazendo algo parecido com o uso de substâncias ilíticas tradicionalmente utilizadas como meio de trapacear e obter melhores resultados.

"O doping genético tem sido uma possibilidade teórica há pelo menos duas ou três olimpíadas", disse o Dr. Ted Friedmann, presidente do painel de genética da Agência Mundial Anti-Doping . "Se você me perguntar quantos anos vai demorar pra alguém fazer isso bem feito, eu digo que demoram alguns longos anos, mas se me perguntar quanto tempo demora até algum atleta fazer algo estúpido que afete sua vida e não funcione, eu digo que pode ser amanhã nestes jogos olímpicos de 2012", acrescentou.
"A tecnologia é sujeita a abusos por pessoas mal treinadas", explicou Friedmann, também diretor do Centro de Genética Molecular da Universidade da Califórnia em San Diego. "A chance de eficácia se for feito pelos métodos atuais é quase nula, o que não descarta que alguém resolva fazer isso."
De acordo com um artigo publicado na revista Nature , mais de 200 genes têm sido associados com capacidade atlética. Quando a terapia genética injetar DNA estranho no músculo ou osso para mudar composição genética de uma pessoa, criando proteínas que infiltram os tecidos e sangue pode causar efeitos colaterais terríveis. Os casos já existentes de doping em que a proteína (em vez do gene que a codifica) é tomada para melhorar o desempenho já demonstraram tais consequências (acima).

Exemplos incluem a manipulação do gene EPO, que aumenta os níveis de hemoglobina, impulsionando o sangue a transportar mais oxigênio. O Finlandês Eero Mantyranta, vencedor de sete medalhas de esqui cross-country olímpico, carrega essa mutação naturalmente, elevando sua capacidade de transporte de oxigênio de 25 a 50%, de acordo com a Nature.

Estaremos presenciando atletas mutantes nestas olimpíadas de 2012? Gente burra o suficiente para servir de cobaia para o Doping Genético não deve ser difícil de encontrar, ainda mais que pesa o fato dos atletas viverem um clima extremamente competitivo e a ânsia por resultados pode servir de estímulo para que se sujeitem a isto. Vamos seguir acompanhando o assunto que ainda vai dar muito o que falar.

1 Comentários sobre esta postagem::

KGeo disse...

não acredito que tem gente que aceita tomar isso

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